Man executing supino reto bench press with barbell on flat bench in a gym setting

Nem todo mundo percebe, mas o movimento de empurrar algo à sua frente, seja uma porta pesada ou um objeto na academia, tem uma relação direta com o treinamento de peito. O supino horizontal, aquele realizado no banco reto, marca presença nas rotinas de musculação de iniciantes e avançados, principalmente para quem busca aumento de massa muscular e força. Aqui no Dopaminei, queremos mostrar como executar este exercício, desde os detalhes técnicos até as adaptações para cada objetivo.

Por que o supino é tão procurado

A fama do supino reto não é por acaso. Além de ser um dos exercícios compostos mais completos para a parte superior do corpo, ele trabalha diferentes músculos em sinergia. Alguns especialistas defendem que, se pudesse escolher apenas um movimento para o treino de peitoral, este seria o favorito.

Esse exercício envolve principalmente o peito, mas também requer esforço dos ombros e dos tríceps durante a elevação da barra. Um estudo do Brennecke Research Group, da Universidade de Notre Dame, demonstrou que durante o movimento, ocorre 77% de ativação da musculatura peitoral, com participação significativa do deltoide anterior, tríceps e serrátil anterior. Isso mostra sua eficiência multifuncional. Engana-se quem pensa que o supino só serve para quem quer peitoral parrudo: mulheres e praticantes de esportes variados também se beneficiam bastante.

Multiplicar força, melhorar postura, proteger ombros.

Entendendo a mecânica e a postura correta

Os detalhes da execução fazem toda a diferença. Eu, particularmente, levei um tempo para entender como pequenos ajustes na pegada e na postura mudam radicalmente o estímulo nos músculos e a sensação de segurança durante o exercício.

  • Deite-se no banco reto: a cabeça, costas e glúteos precisam ficar apoiados durante todo o movimento.
  • Pés no chão: mantenha ambos os pés firmes, garantindo estabilidade.
  • Escápulas aduzidas: junte as escápulas, como se “abrisse o peito” para baixo, criando firmeza e protegendo ombros.
  • Pegada na barra: as mãos geralmente ficam um pouco além da largura dos ombros. Ajustes pequenos mudam o foco entre peitoral, tríceps e ombros.
  • Braços em 75° a 90° em relação ao tronco: cotovelos não devem ficar totalmente abertos ou colados ao corpo. Isso evita sobrecarga no ombro e preserva articulações.

Segundo um artigo sobre técnica correta do supino reto, o segredo está em manter o corpo todo contraído. Durante a descida da barra, faça um movimento controlado até tocar levemente o peito (linha do mamilo). A subida é explosiva, contudo jamais “quique” a barra no peito ou arqueie demais as costas.

Tudo controlado. Segurança antes do ego.
Atleta realizando supino com barra em banco reto

Músculos trabalhados e ativação

Quando você realiza o supino, a parte do peitoral maior é claramente a principal ativada, mas não é a única em ação. Segundo dados de Catalyud et al. (2014), com 85% de 1RM (repetição máxima), a ativação muscular do movimento é dividida em torno de:

  • 52,91% peitoral maior
  • 44,18% deltoide anterior
  • 22,97% tríceps braquial

Esses percentuais reforçam que o supino é muito mais do que o “exercício de peito”. Ombros e braços são constantemente exigidos, e por isso quem treina com regularidade sente progresso não só estético, mas também funcional, como facilidade para empurrar objetos e estabilizar movimentos do cotidiano.

Benefícios fisiológicos e hormonais

Há outra razão para tanta popularidade: exercícios compostos – como a barra livre no supino – aumentam a produção de testosterona, que está diretamente envolvida com o crescimento muscular e a redução de gordura. Isso vale tanto para homens quanto para mulheres, dentro de cada perfil fisiológico. A literatura científica mostra ganhos globais quando a carga é bem escolhida e a execução está correta.

Corpo forte. Mente forte.

As diferentes variações do supino

Por mais que o banco reto seja o mais comum, existem outras versões que ajustam o estímulo e corrigem desequilíbrios.

  • Barras e halteres: O uso da barra proporciona estabilidade e permite mais carga total. Os halteres, por outro lado, exigem mais controle, ativando músculos estabilizadores e corrigindo assimetrias.
  • Supino inclinado: O banco ajustado entre 30° e 45° leva parte do foco para a porção superior do peito e deltóide anterior.
  • Supino declinado: O banco com inclinação negativa foca na parte inferior do peitoral.
Demonstração das três variações do supino em academia

Já testei muitas dessas versões, e não raro, dependendo da semana, sinto músculos diferentes no pós-treino, o que significa que cada variação realmente modifica o foco e a experiência do exercício.

Quais séries e repetições são recomendadas?

  • Para iniciantes: 3 séries de 10 a 12 repetições, moderada intensida.
  • Para treino de força: 4 a 6 séries de 4 a 6 repetições, carga mais alta e pausas maiores (2-3 min).
  • Para hipertrofia: 3 a 5 séries de 8 a 12 repetições, com carga desafiadora e pausa entre 60–90 segundos.

Inclui as variações (inclinado e declinado) em rotações semanais ou como complemento e observe o desenvolvimento uniforme dos músculos peitorais, deltóides e tríceps.

Segurança, estabilidade e progressão de carga

Essa parte sempre me deixa um pouco preocupado: ninguém quer lesão. Por isso, a progressão de carga precisa acontecer devagar, sentindo limites reais do corpo. Jamais aumente peso se não consegue manter a postura adequada ou sente dor em articulações.

O acompanhamento de um instrutor de educação física é indispensável (mesmo para avançados, sempre é bom um olhar técnico externo). Pequenos erros, como perder estabilidade dos pés ou não manter as escápulas “travadas”, podem comprometer a repetição e aumentar risco de lesão.

Além disso, a literatura científica recomenda movimentos controlados, com descidas lentas e subidas firmes, tanto para hipertrofia quanto para evitar microlesões. Um exemplo: a técnica da pré-exaustão, que consiste em fatigar primeiro o tríceps ou o peito antes do supino, demonstrou em alguns casos um aumento na ativação muscular do peitoral – embora, claro, cada corpo responda de um jeito e as respostas possam variar.

Dicas pessoais para performance e longevidade

Na tentativa de manter uma rotina sem lesões e sempre progredindo, alguns detalhes simples podem ajudar:

  • Aquecimento específico: Inclua algumas séries leves de supino e movimentos ativos de ombro antes da carga principal.
  • Controle a respiração: Inspire ao descer a barra e expire na subida. Parece detalhe, mas faz diferença.
  • Evite ego lifting: Usar mais peso do que consegue controlar só aumenta o risco de lesões e não entrega melhores resultados.
  • Inclua o core: Mantenha uma leve contração abdominal durante a execução — isso tira pressão das costas e ajuda no controle.
Personal trainer auxiliando atleta durante execução do supino
Boas repetições valem mais que quilos a mais.

Conclusão

O exercício de empurrar, realizado no banco reto, é para todos, seja o objetivo saúde, performance ou estética. Executar com técnica, respeitando limites e buscando evolução constante é o melhor caminho para ganhar massa magra, evitar lesões e fortalecer vários grupos musculares de uma vez. No Dopaminei, sempre incentivamos o treino consciente. Busque sempre orientação, varie o estímulo, e não esqueça: a qualidade do movimento vem antes da quantidade de peso. Se quer conhecer mais conteúdos sobre treinamento esportivo, bem-estar e mentalidade vencedora, continue nos acompanhando — sua evolução começa no próximo treino.

Perguntas frequentes

What is o supino reto?

O supino reto é um exercício de musculação feito deitado em um banco reto, no qual você empurra uma barra ou halteres acima do peito. Ele é um dos principais exercícios para fortalecer a parte superior do corpo, especialmente o peitoral, os ombros e os tríceps.

Quais músculos o supino trabalha?

Ele trabalha principalmente o peitoral maior, mas também envolve o deltoide anterior (ombro), o tríceps braquial e, em menor grau, outros músculos estabilizadores do tronco e das costas. Estudos mostram que a ativação do peitoral pode chegar a 77% no exercício, tornando-o uma opção completa para a parte superior.

Como fazer o supino corretamente?

A execução correta envolve deitar no banco com os pés fixos no chão, escápulas aduzidas, costas e glúteos apoiados, pegada da barra um pouco mais aberta que os ombros, baixar a barra até o peito (linha do mamilo) de forma controlada e empurrar até os braços estenderem quase totalmente. Não arqueie as costas e mantenha sempre o controle, sem “quicar” a barra.

Supino reto é indicado para iniciantes?

Sim, é indicado, desde que seja realizado com orientação de um profissional e com cargas leves no início. O movimento simples, aliado à facilidade de progressão, ajuda iniciantes a desenvolver técnica, força básica e consciência corporal, sempre priorizando uma execução segura.

Quais os benefícios do supino reto?

Entre os benefícios estão o aumento da força e massa muscular no peito, deltoides e tríceps, melhora da postura, aumento da produção hormonal (incluindo testosterona), e fortalecimento da cadeia anterior do tronco. Também aprimora o desempenho em atividades esportivas e cotidianas, além de contribuir para uma estrutura corporal equilibrada.

Compartilhe este artigo

Quer melhorar sua saúde e desempenho?

Descubra conteúdos que vão elevar sua motivação, saúde e performance. Conheça o Dopaminei!

Saiba mais
Larissa Medeiros

SOBRE O AUTOR

Larissa Medeiros

Larissa Medeiros é apaixonada por esportes, saúde e bem-estar, compartilhando conteúdos valiosos em seu blog para inspirar pessoas interessadas em musculação, crossfit, corrida e temas de mindset. Sempre em busca de uma vida equilibrada, Larissa tem como missão ajudar outras pessoas a alcançarem mais qualidade de vida através do esporte e da construção de uma mentalidade positiva.

Posts Recomendados